10 de abril de 2012

Lipodistrofia ginóide - A temida celulite




Ela vai surgindo aos poucos e dá um imenso trabalho para desaparecer - quando desaparece. Inimiga das roupas curtas e dos modelos justos, a Lipodistrofia ginóide é quase um pesadelo para a maioria das mulheres. Cuma? É... a C-E-L-U-L-I-T-E.
Celulite é o termo utilizado para descrever uma alteração estética da superfície da pele, mas não seria o termo mais apropriado, pois a derivação da palavra significa inflamação celular e estudos sugerem que não foram encontrados sinais de inflamação no tecido em questão. Diversos são os termos utilizados para definir estas alterações do tecido subcutâneo, na tentativa de adequar às alterações histomorfológicas, sendo eles: Lipodistrofia, lipoedema, fibroedema geloide, hidrolipodistrofia, hirolipodistrofia ginoide,entre outros.
A celulite está presente na maioria das mulheres. Esta condição não é propriamente considerada um estado patológico, mas causa perturbações estéticas, logo de ordem psicossocial, originadas pela cobrança dos padrões estéticos da atualidade. Contudo, considerando relatos da Organização Mundial de Saúde, o indivíduo é saudável num quadro de equilíbrio biopsicossocial, tendo em vista isto, a celulite (lipodistrofia ginóide) pode ser considerada um problema de saúde.
A celulite afeta a região pélvica, membros inferiores e abdome, podendo acometer qualquer parte do corpo, exceto couro cabeludo, palmas das mãos e dos pés. É caracterizada por um aspecto acolchoado ou “casca de laranja”. É definida por alguns autores como uma desordem metabólica localizada no tecido subcutâneo, que provoca uma alteração na forma do corpo feminino. No entanto, apesar de sua grande incidência e dos inúmeros tratamentos oferecidos (cirúrgicos, farmacológicos, fitoterápicos, massoterapêuticos, entre outros.), sua histopatologia ainda permanece desconhecida, principalmente pela ausência de consenso quanto à causa.
Segundo Terranova et al. , as teorias que buscam explicar as causas da celulite são:
A primeira a descreve como sendo um edema crônico no tecido conjuntivo, que resultaria em fibrose desse tecido. Essas fibras “repuxam” a pele para baixo, dando o aspecto de "furinho", que é característico da celulite.
A segunda sugere que a celulite é resultado de uma alteração microcirculatória que se caracteriza por compressão do sistema venoso e linfático. Esta alteração circulatória está relacionada com a obesidade, uma vez que, durante a fase inicial de desenvolvimento da celulite, os adipócitos estiveram associados a formação de edema e à dilatação dos vasos linfáticos.
As peculiaridades do tecido subcutâneo no sexo feminino estão associadas à última hipótese. Assim, fatores genéticos, mecânicos, emocionais, metabólicos e hormonais, além de idade, sexo, hipertensão arterial, uso de contraceptivos hormonais, gravidez, ingestão excessiva de cafeína e bebidas alcoólicas, obesidade, tabagismo, sedentarismo, roupas apertadas e má alimentação pré dispõem ao aparecimento da celulite.
Em relação ao tratamento, este deve ser de cunho não invasivo ou minimamente invasivo, na tentativa de reproduzir a fisiologia do organismo. Recomendações baseadas em consensos e guias alimentares, concomitante à prática de exercício físico orientado por um profissional da área, pode ser uma opção segura no tratamento. 
Portante, invista em uma alimentação saudável e equilibrada livre de alimentos ditos como agressores (manteiga, carnes gordurosas, frituras, bolachas recheadas, dentre outros). Vale lembrar também que a ingestão de água é extremamente importante, e é claro, deixa a preguiça de lado e pratique exercícios físicos
Isso tudo além de evitar a celulite irá tornar sua vida muito mais saudável.

FONTES: 
* DAVID, et al., Lipodistrofia ginoide: conceito, etiopatogenia e manejo nutricional. Rev Bras Nutr Clin. Vol. 26, n. 3.: 202-6. 2011
* MENDONÇA, et al., Confiabilidade intra e interexaminadores da fotogrametria na classificação do grau de lipodistrofia ginóide em mulheres assintomáticas. Rev Fisioter Pesq. Vol. 16, n. 2.: 102-6 , 2009

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