Em 24 de outubro de 1939, foi criado o primeiro curso de Nutrição do Brasil, na Faculdade
de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com duração de um ano, ministrado em tempo integral, dividido em quatro períodos. Em 1966, o período para a conclusão passou para três anos.
Em 1972, o Ministério da Educação estabeleceu que tais cursos teriam a duração de quatro anos, divididos em oito semestres. A Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967, regulamentou a profissão do nutricionista. A criação do primeiro Programa Nacional de Alimentação e Nutrição, em 1972, impulsionou a criação dos cursos de Nutrição e o mercado de trabalho para os nutricionistas. Conseqüentemente, a profissão se expandiu dos hospitais e Serviços de Alimentação da Previdência Social (SAPS) para efetivamente assumir as escolas, os restaurantes de trabalhadores, docência, indústria, marketing, nutrição em esportes, saúde suplementar, núcleos de assistência à saúde da família.
Esta ampliação de áreas se mantém até hoje. A formação e o desenvolvimento das habilidades profissionais devem ser alvo de constante luta das instituições que representam os interesses da sociedade, para assegurar uma saúde de qualidade e universal.
Hoje, mais de sessenta anos depois da criação da profissão, não há uma identidade profissional claramente reconhecida pela sociedade brasileira. A constante busca da melhoria de qualidade de vida coloca os hábitos alimentares saudáveis, dietas e propriedades de alimentos em evidência tantos pelos profissionais de saúde, como pela mídia, mas a exata dimensão da contribuição do nutricionista na pesquisa, no planejamento e na aplicação dos mais modernos conceitos da nutrição só é conhecida em grupos especialmente dedicados ao assunto. O próprio grupo profissional tem frequentemente relatado a dificuldade de se impor, perante a equipe multiprofissional da saúde. Por isso, na semana de comemoração do dia do nutricionista, é importante ressaltar que a valorização do profissional deve partir primeiro de nós mesmos, nutricionistas, para que depois haja o reconhecimento de todos. Devemos nos impor e nos reconhecer como profissionais de saúde de grande importância para que assim alcancemos a identidade tão merecida.
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